quarta-feira, 28 de maio de 2014

Como devemos entender a Bíblia?

Irmãos, sabemos que a intenção desse blog é desenvolver esboços bíblicos baseados na palavra de Deus, porém nós temos um grande dilema a ser resolvido, que consiste na falta de credibilidade, por muitas pessoas, em relação as escrituras. Uma coisa é escrevemos para os que creem na sua inerrância, outra é escrevermos para quem não crer e por não crer, nada do que for escrito será relevante.

Por isso, o vídeo abaixo, parte da palavra do pastor Luiz Sayão, ministrada na Semana Teológica em Niterói, nos dias 20 a 25 de maior, é muito pertinente, pois dá uma visão geral sobre como devemos entender a bíblia e quais são os indícios, descobertos no último século, que testemunham sobre a palavra de Deus.

O fato é que Deus é fiel e tem se revelado através de sua palavra, assim como na história, para que possamos ter testemunhos de sua autenticidade.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A conversão é sempre pelo amor

"Os que foram crucificados com ele também o insultavam" (Marcos 15.32c)
Ao ler esta fração de um versículo de Marcos, ao final do livro, frase que antecede a morte na cruz de Jesus, me chamou atenção e não pude deixar de associa-la a famosa frase dita no meio evangélico, embora muitos devam pensar ser um texto bíblico, no que diz que a conversão a Jesus Cristo "se não é pelo amor, é pela dor".

Tentando analisar esta frase do dito popular, podemos pensar que a primeira proposta de conversão é pelo amor, já que o apóstolo Pedro, diz que "Deus é amor" (1 João 4.8) e caso essa não aconteça a segunda opção de Deus, chamar alguém seria pela dor, pelo sofrimento; pelo abandono; pela fome; pela enfermidade; pelo perigo eminente de morte; por alguma porta fechada, enfim, muitos seriam as formas de atribuir dor pelo bem maior de uma conversão, pela entrega da vida a Jesus.

Mas será, que isto é uma verdade bíblica? Será mesmo que Deus é um tirano, que se alguém não o aceita-lo como Senhor, será levado ao sofrimento para que dai, pela dor, diga sim! Pelo menos eu teria dois motivos, para pensar o contrário dessa afirmação popular.

O primeiro, é a incoerência entre esse pensamento e alguns textos bíblicos, entre eles o mais conhecido no qual diz que "...Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3.16). Deus é amor, Deus amou o mundo e deu-se de livre e espontânea vontade e seu amor é do "tipo" Ágape, no qual não pede nada em troca, não leva em conta a contrapartida, e por isso, não cobraria alguém com a dor para responder ao seu amor, penso eu!

Em segundo lugar, entra o texto bíblico em questão. Partindo do princípio, que a morte de cruz era uma das mortes mais cruéis da época, podemos imaginar a dor que os condenados eram submetidos. Será que este texto, não está documentado na bíblia, justamente, para fazermos oposição a esta dito popular? Pois embora estivessem sofrendo e estarem ao lado do salvador, ainda o insultavam e você também, caso seja cristão, deve conhecer algumas pessoas, que mesmo diante da morte, negaram a Jesus e não foi pela dor que eles entregaram suas vidas! Embora muitos o façam nesses momentos, assim como vemos a complementação desse verso, no livro de Lucas 23.39-43, que diz:
"Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: "Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!" Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal". Então ele disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino". Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".
Por fim, o fato é que o sofrimento, a dor, a angústia e todos tipos de males, podem e não são poucas as vezes que batem a nossa porta. O que muda o rumo da nossa vida, vai depender de qual grupo nós nos identificamos, conforme definição de James M. Hamilton Jr, no artigo: como o inferno glorifica a Deus, que diz:
"Um grupo é caracterizado por confiar em Deus, concordar com seus termos, confessar que têm quebrado os termos, abandonar suas transgressões e procurar crer nas promessas de Deus, de modo que possam viver de acordo com os seus termos. O outro grupo rejeita Deus e seus termos, se recusa a admitir sua culpa, se recusa a abandonar o mal e se une ao inimigo.(Ministério Fiel)
O fato é que todos fizeram ou ainda fazem parte do segundo grupo. Os criminosos, faziam parte deste último, um continuou fazendo, mas eis que um deles, mudou de lado e não somente pelo sofrimento (pois o primeiro também teria feito), mas em reconhecer que estava ao lado do salvador, mas tão distante ao mesmo tempo e assumir ter causado mal e arrepender-se dos seus pecados, mesmo que isso ainda o condenasse a morte, mas ele creu nas promessas de Deus, ao que Jesus lhe respondeu: Eu lhe garanto. Hoje você estará comigo no paraíso.

Penso que a dor não é uma questão didática de Deus, é uma contenção da vida e o que realmente importa, é que nesse momento, temos ainda, a opção de mudar de grupo e quando a vida e suas cobranças viver nos bater a porta, estando nós no segundo grupo, somos chamados a fazer parte do primeiro e aos que já estão, conhecem a Deus, confiam nele e sabem que nos momentos das dores, Deus tem poder para nos livrar ou nos dar forças para suporta-lo e ainda que a morte seja nossa última alternativa, ele dirá para nós: Eu lhe garanto. Hoje você estará comigo no paraíso.

Eu reescreveria essa frase: A conversão é sempre pelo amor.

Graça e Paz do Salvador.
Maurício Reis

terça-feira, 1 de abril de 2014

Espalhem a notícia!

"Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore". Depois, aproximou-se e tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se!" O jovem sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entrou à sua mãe". (Lucas 6.11-15)
Segundo uma pesquisa recente sobre os dez costumes mais comuns, nas primeiras horas do dia, entre os homens mais sucedidos do mundo, ouvir/ler um noticiário pela manhã é uma delas. Na verdade penso que esta deve ser uma prática não só dos homens mais sucedidos, mas todos aqueles milhares de cidadãos que pretendem sair da casa informados, sobre condições do trânsito, temperatura, fatos que aconteceram durante a madrugada, dicas de saúde, etc.

Eu tenho um costume um pouco diferente, pois procuro nas primeiras hora da manhã, fazer meu devocional diário, penso que a maior notícia a ser conhecida está na palavra de Deus, que embora já esteja revelada, sempre aprendemos uma novidade a cada leitura, mas em uma manhã dessas, por algumas questões, não consegui fazer o estudo bíblico, mas consegui "seguir" a rotina dos milhões de brasileiros, assisti a um bloco do noticiário local, no qual destaco uma reportagem:

Na "rodovia x" aconteceu um acidente com um caminhoneiro, no qual perdeu o controle, vindo a falecer no local. Após dar a notícia, a âncora do programa, pergunta para outra apresentadora, o seguinte: O trânsito no local já está liberado? Por um momento, pensei que seria uma pergunta sobre o acidente, se havia mais vítimas, se houve socorro em tempo hábil ao motorista, se o motorista tinha sido identificado, ou ainda se algum familiar já teria sido localizado ou estava no local, enfim, muitas poderiam ser as perguntas, mas nesse dia, a matéria foi um link para saber das condições do trânsito, afinal, nós que estamos ouvindo o noticiário, não queremos na verdade saber do motorista, nós queremos saber do trânsito, se vamos conseguir chegar a tempo no nosso destino.

Ao pensar sobre esse fato durante o dia, veio a passagem na qual já esboçamos: O encontro de Jesus no velório do filho da viúva. O relato é poderoso e de simples entendimento, não temos muito o que dizer sobre seu contexto, pois Jesus está caminhando com uma multidão e uma multidão segue o velório. Eles se encontram na porta da cidade (Naim) e Jesus a consola a mulher dizendo: "não chore" e seguida toca no caixão e diz ao menino "levanta-se". Essa é uma grande passagem, um milagre tremendo, o poder de Jesus, faz com que os presentes fiquem cheio de temor e louvem a Deus e falem "Deus interveio em favor do seu povo" (v.16).

Se estivéssemos nesse local, esse temor teria tomado nossas vidas também, pois veríamos Deus entre nós, mas antes disso, qual seria nosso pensamento ao sair de casa para o velório e ainda, ao ver outra multidão se aproximando? Penso em algumas alternativas: Como chegar no local a tempo do velório? Será que não terá outra multidão no nosso caminho? Será que após o velório, dá tempo de voltar para Cafarnaum? E a poeira que esse povo vai levantar? Enfim, são muitos os pensamentos possíveis e não consigo nem me colocar no local desse relato, historicamente falando, mas o fato é que possivelmente, as mesmas coisas banais que pensaríamos nesse dia, pensamos hoje na nossa realidade. Não queremos saber onde será o velório do motorista, queremos apenas chegar em nossos destinos. E infelizmente não são as poucas vezes, que por causa de tragédias como essas, somos impedidos de seguirmos nossas rotinas, pois conhecemos as vítimas daquela manhã.

O texto bíblico não precisa de muita explicação e colocado lado a lado da nossa futilidade, fica mais que evidente nossa dureza de coração. Somos bombardeados com essas notícias diariamente, ao ponto de ficarmos insensíveis, porém nós temos um Senhor; que se compadece; que muda seus planos; que vai ao encontro dos necessitados; que socorre a viúva; que vence a morte e que chora.

Jesus é impressionante e é por isso que tenho o hábito contrário a grande maioria das pessoas - considerando que nós, cristãos evangélicos, ainda somos a minoria - de ler sua palavra. Ao invés de ler notícias trágicas como essas, eu leio a única notícia que importa - a boa nova de que o salvador está entre nós. Nosso chamado é para não sejamos indiferentes as notícias do mundo - precisamos orar - mas ele vai além, temos o compromisso de espalhar a única notícia relevante, assim como aconteceu no relato bíblico "Essas notícias sobre Jesus espalharam-se por toda Judéia e regiões circunvizinhas." (v.17).

Embora tenhamos meios de comunicação para divulgar notícias a grandes massas, o que verdadeiramente importa é que a notícia sobre Jesus seja espalhada. Pense nisso, espalhe essa notícia.

"Porque um filho nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz." (Isaias 9.6)

Graça e Paz do Senhor
Maurício Reis

sexta-feira, 28 de março de 2014

Maldade no coração

"Não me dês o castigo reservado para os ímpios e para os malfeitores, que falam como amigos com o próximo, mas abrigam maldade no coração." (Salmo 28.3)
Neste salmo Davídico, vemos Davi pedindo a Deus o julgamento devido das pessoas nas quais praticam a maldade. Embora ímpio, tenha conotação hoje de uma pessoa descentre ou "quem não tem fé" (Michaelis Uol), o sentido mais utilizado empregado da palavra ímpio hebraico rãshã' - no antigo testamento, "está no conceito de 'mal' ou 'estando no mal'"(Dicionário VINE), e considerando que malfeitores define a pessoa que "comete atos condenáveis;criminoso" (Michaelis Uol), estamos vendo nesta oração de Davi, um pedido para que Deus não o condene assim como irá condená as pessoas que praticam o mal.

Segundo o Dr. Sheed, no comentário de sua bíblia - no qual compartilho a opnião - esse é um pensamento contratário a nova aliança, pois Jesus nos ensinou dizendo: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo". (Lucas 23.34), não podemos esquecer que Deus fará justiça no tempo oportuno, mas nossas orações e principalmente o sentimento em nossos corações, deve ser de clamor ao Deus Pai por aqueles que tais atos praticam.

Mas falando em coração e justamente a segunda parte do versículo aborda esse tema, é o ponto focal que gostaria de iluminar nesse tímido esboço, tomando a liberdade de não levar em conta a oração de Davi, mas a sua constatação, de que os ímpios e malfeitores, ou seja, pessoas más, ainda que falem como amigos, seus corações abrigam maldade.

A questão é essa, o nosso coração. Ezequiel 36.26 vai dizer que "darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne". Embora "carne" no antigo testamento signifique fraqueza e fragilidade, e no novo testamento, signifique nossa natureza pecaminosa, temos o contraponto: Coração rígido, inflexivel, maldoso; Coração dócil e maleável.

Entendo que essa seja a intenção de Jesus, que não julga pela aparência, pelas nossa bondade "exterior" e conhecendo-nos verdadeiramente, trabalha em nossos corações, transformando-nos em novas criaturas. O resultado dessa transformação é que vamos ser pessoas melhores, tudo que fizermos e verbalizarmos será bondoso, encorajador, pois a boca fala o que o coração está cheio.

Graça e Paz de Jesus Cristo
Maurício Reis

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mediador de Deus

"Vendo-se o povo diante dos trovões e dos relâmpagos, e do som da trombeta e do monte fumegando, todos tremeram assustados. Ficaram à distância e disseram a Moisés: 'Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus não fale conosco, para que não morramos.'" (Êxodo 20.18-19)
A mediação entre Deus e o Homem, penso ser um dos maiores conflitos que temos desde a nossa criação e posterior queda. No relato de Gênesis, vemos por exemplo a primeira falha de comunicação, onde um "falso" mediador, interveio nessa relação. A conversa era direta entre Deus e o Homem; mas houve uma mediação. Novamente Deus volta a conversar, diretamente, com Abraão e sua descendência até a escravidão no Egito; passados 400 anos vemos Moisés restabelecendo essa conversa com Deus. O povo não é mais escravo, está vagando pelo deserto e está crescendo. Moisés, orientado por seu sogro, organiza alguns líderes para julgar questões mais simples do povo, que por sua vez levam as questões difíceis para Moisés, que trata com Deus.

No texto deste esboço, vemos a manifestação poderosa do encontro entre Deus e Moisés e o medo do povo, ficando a distância, para que não morressem. Entendemos nisso, que realmente precisamos de um mediador, alguém que nos represente. Existe uma forma de se achegar a Deus; pré-requisitos devem ser atendidos, pois Deus mesmo sendo amoroso ele é justo. Pecadores - descendentes de Adão e Eva -  não podem se relacionar diretamente com ele. Ele é Santo, enquanto nós somos Pecadores.

É nesse contexto que Paulo vai falar aos Romanos no capítulo 3, verso 23 que "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus". Mesmo que quiséssemos, não podemos, pois estamos destituídos (afastados), pelo que somos e pelo o que Deus é. Pode ser que nesse momento, você esteja perguntando: "Mas como Abraão, sua descendência e Moisés, tiveram essa conversa direta - sem mediador. Porque nós não podemos hoje? Eu responderia, caminhando para o final do esboço, usando a própria palavra de Deus: "estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo." (Colossenses 2.17).

Na verdade, esse esboço tem essa intenção, demonstrar que estamos afastados da presença de Deus e assim como o povo hebreu reconheceu, precisamos de um mediador. O que aconteceu na antiga aliança, era sombra das coisas que aconteceriam, ou seja a promessa de um salvador, o próprio Deus, dando sua vida como preço a ser pago a ele próprio. Moisés e todos os demais interlocutores de Deus, viveram na esperança dessa promessa e só por isso, puderam falar diretamente com Deus. Ironicamente, no tempo que vivemos, muitos homens e mulheres são apresentados como mediadores, sejam eles: Apóstolos, Profetas, Pastores, Padres, Bispos, Magos, Espíritas, Marias, "Santos", além de uma vasta lista de outros títulos de mediadores e até as próprias instituições religiosas se apresentam com tal "poder". Nós somos convidados a estarmos com estas pessoas, em locais específicos, para ouvirmos a Deus e recebemos suas "bençãos". Como esse blog é feito por um cristão, como o registro de atos, e não por uma patente, esse é um assunto que tinha que estar registrado.

Enfim, a bíblia, afirma que só existe um mediador, entre Deus e o Homem: Cristo Jesus (1 Timóteo 2.5, Hebreus 9.15). Creia nisso, que somente em Jesus Cristo, podemos voltar a conversar com Deus, pois foi ele que morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança. E nele que temos a remissão do pecado original, que Paulo menciona. É em Cristo, que voltamos a falar diretamente com Deus. Se você tem dificuldades para chegar até ele e precisa de mediadores humanos ou institucionais, reflita sobre isso; busque conhecer o Cristo no qual temos escrito e está registrado na bíblia. Não tenho dúvidas, que quando este dia chegar na sua vida, a conversar será por toda a eternidade.

Ps: É claro, que restabelecido o diálogo, saiba que existem outras pessoas que também possuem o Cristo de Deus em suas vidas e estes se reúnem para celebrar essa restauração e se ajudarem mutuamente a guardarem o que Jesus ensinou e ordenou, que também oram uns pelos outros, pois até chegarmos na eternidade, o caminho é longo. Por tanto, restabeleça a comunicação e busque pessoas, instituições, que também entendam que Cristo é o cabeça de tudo e o único mediador para com Deus.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

quinta-feira, 20 de março de 2014

Voo MH370

"Aonde posso ir a fim de escapar do teu Espírito? Para onde posso fugir da tua presença? Se eu subir ao céu, tu lá estás; se descer ao *mundo dos mortos, lá estás também. Se eu voar para o Oriente ou for viver nos lugares mais distantes do Ocidente, ainda ali a tua mão me guia, ainda ali tu me ajudas." (Salmos 139.7-10)
Considerando que a semana - para nós cristãos - inicia no domingo, tenho muito a agradecer a Deus. Primeiramente meu filho completou seu primeiro ano de vida e três dias passados, recebi o título de bacharel em design, embora tenha concluído o curso em 2013/1. Realizei minha formação, na Universidade Luterana do Brasil - Ulbra. Entrei descrente e sai de lá crente, mas não necessariamente por "culpa" da universidade, mas pelos percalços da vida, descobrimos que viver sem Deus, não é viver. Fiquei afastado por 2 anos e ao retomar aos estudos, fui até o fim. Glória a Deus.

Bem, o que isto tem haver com a passagem bíblica? Na verdade tem tudo haver. Como presente de formatura, recebemos uma bíblia e houve um devocional com o pastor Gerhard Grasel, no qual leu o Salmo 139 e relacionou ao lastimável desaparecimento do voo MH370 da Malaysia, com 227 passageiros e 12 tripulantes. Mensagem muito pertinente, no qual construo o esboço, baseado no devocional.

Nos dias atuais, onde tudo é rastreado, sabermos do desaparecimento de um boeing modelo 777, por pelo menos duas semanas, é de se espantar, no mínimo. Com um 'simples' smartphone podemos ser localizados em qualquer local. Rastreadores veiculares fazem parte das frotas de veículos e com sucesso são localizados. O mundo, praticamente, é rastreado via GPS; nossas cidades são mapeadas e conseguimos inclusive ver a fachada da nossas casas através dos serviços disponíveis na internet. Sem falar é claro dos aviões não tripulados e ainda informações que estão fora do nosso conhecimento. Embora tenhamos tudo isso, estamos perguntando: Onde está o voo MH370? Onde estão as 239 pessoas desaparecidas?

Que notícia triste. Antes de mais nada, rogo, para que oremos por estes passageiros e tripulantes - considerando que ainda possam estar vivos - e oremos pelos familiares, parentes, amigos que sofrem a cada minuto que passa e nenhuma notícia relevante é mencionada.

Em um mundo tão tecnológico, parece que Deus perdeu seu papel. Parece que não precisamos mais de um Deus, afinal, nós dominamos a terra, os mares e os céus, ou pelo menos achamos. Alguém já perguntou ao pastor americano Paul Washer de qual seria o maior pecado do homem. Sua resposta foi: Ir a lua. Construímos estradas, navegamos pelos mares, desbravamos os céus e o universo não é mais um mistério para nós. Afirmamos: Para que Deus. Mas quando nos deparamos com notícias como estas, onde o mundo pergunta: Onde está o avião? Onde estão 239 pessoas? Também perguntamos: Onde está Deus?

Nós que cremos em um Deus que criou os Céus e a Terra e tudo que nela existe, somos levador a refletir sobre esse Salmos. Sabemos que não estamos perdidos, sabemos que Deus nos vê! Nada escapa da sua presença. Não sabemos o motivo dessas tragédias, mas fomos alertados sobre elas. Jesus disse que no mundo teríamos aflições, que nações se levantariam contra nações, haveria fome e terremotos em vários lugares e que isto seria apenas o princípio das dores. Mas ele nos disse: Tenham ânimo, eu venci o mundo. Deus nos encontra, não somente quando estamos perdidos fisicamente, mas principalmente quando perdemos nosso ser existencial, quando ficamos perdidos dentro de nós mesmos.

Por fim, em Cristo, nós temos esta esperança. Jesus venceu o mundo; Jesus venceu a morte. Ele nos prometeu, que seria o seria o primeiro de muitos. Nele, nós venceremos o mundo; venceremos a morte. Nele nós nos encontraremos.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

quarta-feira, 12 de março de 2014

Andem conosco! Sabemos para onde vamos.

"Assim o rei do Egito vai pensar que os israelitas estão andando sem rumo, perdidos no deserto" (Êxodo 14.3)
Neste esboço, tomamos como base o relato da saída do povo israelita, que contextualiza-se após a morte dos primogênitos e antes da travessia do mar. Faraó, enganou-se pensando que o povo de Deus andava sem destino. É claro que eles vagaram por mais 40 anos até chegar a terra prometida, mas isso é mais uma questão didática de Deus com o povo, do que não saberem o caminho ou estarem perdidos.

Enquanto o povo partiu do egito, o anjo do Senhor ia adiante deles como coluna de nuvem para guia-los no caminho e como coluna de fogo, para iluminá-los, no qual podiam caminhar de dia e de noite. Após as investidas do exercito dos egípcios, o anjo muda-se para atrás do povo hebreu. Para o povo de Deus, a nuvem era luz e para os egípcios era trevas, no qual não podiam se aproximar do povo.

Engana-se, nos dias de hoje, quem diga que o povo de Deus anda sem proteção e sem rumo. Sabemos que "o anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles que o temem, e os livra" (Sl 34.7), por isso não temos medo, em Deus confiamos nossa proteção.

Mas a verdade, mais importante é que sabemos nosso rumo. Não somos destes mundo, estamos apenas de passagem - uma única vez - somos peregrinos em terra estrangeiras. Sabemos de onde viemos - Adão - e sabemos para onde vamos - Cristo Jesus. Não temos mais medo da vida, não temos mais medo da morte. "Deixa a vida me levar", não faz parte da nossa caminhada, andamos pela luz da palavra de Deus revelada nas escrituras e encarnada em Cristo.

Andem conosco! Sabemos para onde vamos.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis