quarta-feira, 28 de maio de 2014

Como devemos entender a Bíblia?

Irmãos, sabemos que a intenção desse blog é desenvolver esboços bíblicos baseados na palavra de Deus, porém nós temos um grande dilema a ser resolvido, que consiste na falta de credibilidade, por muitas pessoas, em relação as escrituras. Uma coisa é escrevemos para os que creem na sua inerrância, outra é escrevermos para quem não crer e por não crer, nada do que for escrito será relevante.

Por isso, o vídeo abaixo, parte da palavra do pastor Luiz Sayão, ministrada na Semana Teológica em Niterói, nos dias 20 a 25 de maior, é muito pertinente, pois dá uma visão geral sobre como devemos entender a bíblia e quais são os indícios, descobertos no último século, que testemunham sobre a palavra de Deus.

O fato é que Deus é fiel e tem se revelado através de sua palavra, assim como na história, para que possamos ter testemunhos de sua autenticidade.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A conversão é sempre pelo amor

"Os que foram crucificados com ele também o insultavam" (Marcos 15.32c)
Ao ler esta fração de um versículo de Marcos, ao final do livro, frase que antecede a morte na cruz de Jesus, me chamou atenção e não pude deixar de associa-la a famosa frase dita no meio evangélico, embora muitos devam pensar ser um texto bíblico, no que diz que a conversão a Jesus Cristo "se não é pelo amor, é pela dor".

Tentando analisar esta frase do dito popular, podemos pensar que a primeira proposta de conversão é pelo amor, já que o apóstolo Pedro, diz que "Deus é amor" (1 João 4.8) e caso essa não aconteça a segunda opção de Deus, chamar alguém seria pela dor, pelo sofrimento; pelo abandono; pela fome; pela enfermidade; pelo perigo eminente de morte; por alguma porta fechada, enfim, muitos seriam as formas de atribuir dor pelo bem maior de uma conversão, pela entrega da vida a Jesus.

Mas será, que isto é uma verdade bíblica? Será mesmo que Deus é um tirano, que se alguém não o aceita-lo como Senhor, será levado ao sofrimento para que dai, pela dor, diga sim! Pelo menos eu teria dois motivos, para pensar o contrário dessa afirmação popular.

O primeiro, é a incoerência entre esse pensamento e alguns textos bíblicos, entre eles o mais conhecido no qual diz que "...Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3.16). Deus é amor, Deus amou o mundo e deu-se de livre e espontânea vontade e seu amor é do "tipo" Ágape, no qual não pede nada em troca, não leva em conta a contrapartida, e por isso, não cobraria alguém com a dor para responder ao seu amor, penso eu!

Em segundo lugar, entra o texto bíblico em questão. Partindo do princípio, que a morte de cruz era uma das mortes mais cruéis da época, podemos imaginar a dor que os condenados eram submetidos. Será que este texto, não está documentado na bíblia, justamente, para fazermos oposição a esta dito popular? Pois embora estivessem sofrendo e estarem ao lado do salvador, ainda o insultavam e você também, caso seja cristão, deve conhecer algumas pessoas, que mesmo diante da morte, negaram a Jesus e não foi pela dor que eles entregaram suas vidas! Embora muitos o façam nesses momentos, assim como vemos a complementação desse verso, no livro de Lucas 23.39-43, que diz:
"Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: "Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!" Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal". Então ele disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino". Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".
Por fim, o fato é que o sofrimento, a dor, a angústia e todos tipos de males, podem e não são poucas as vezes que batem a nossa porta. O que muda o rumo da nossa vida, vai depender de qual grupo nós nos identificamos, conforme definição de James M. Hamilton Jr, no artigo: como o inferno glorifica a Deus, que diz:
"Um grupo é caracterizado por confiar em Deus, concordar com seus termos, confessar que têm quebrado os termos, abandonar suas transgressões e procurar crer nas promessas de Deus, de modo que possam viver de acordo com os seus termos. O outro grupo rejeita Deus e seus termos, se recusa a admitir sua culpa, se recusa a abandonar o mal e se une ao inimigo.(Ministério Fiel)
O fato é que todos fizeram ou ainda fazem parte do segundo grupo. Os criminosos, faziam parte deste último, um continuou fazendo, mas eis que um deles, mudou de lado e não somente pelo sofrimento (pois o primeiro também teria feito), mas em reconhecer que estava ao lado do salvador, mas tão distante ao mesmo tempo e assumir ter causado mal e arrepender-se dos seus pecados, mesmo que isso ainda o condenasse a morte, mas ele creu nas promessas de Deus, ao que Jesus lhe respondeu: Eu lhe garanto. Hoje você estará comigo no paraíso.

Penso que a dor não é uma questão didática de Deus, é uma contenção da vida e o que realmente importa, é que nesse momento, temos ainda, a opção de mudar de grupo e quando a vida e suas cobranças viver nos bater a porta, estando nós no segundo grupo, somos chamados a fazer parte do primeiro e aos que já estão, conhecem a Deus, confiam nele e sabem que nos momentos das dores, Deus tem poder para nos livrar ou nos dar forças para suporta-lo e ainda que a morte seja nossa última alternativa, ele dirá para nós: Eu lhe garanto. Hoje você estará comigo no paraíso.

Eu reescreveria essa frase: A conversão é sempre pelo amor.

Graça e Paz do Salvador.
Maurício Reis

terça-feira, 1 de abril de 2014

Espalhem a notícia!

"Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore". Depois, aproximou-se e tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se!" O jovem sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entrou à sua mãe". (Lucas 6.11-15)
Segundo uma pesquisa recente sobre os dez costumes mais comuns, nas primeiras horas do dia, entre os homens mais sucedidos do mundo, ouvir/ler um noticiário pela manhã é uma delas. Na verdade penso que esta deve ser uma prática não só dos homens mais sucedidos, mas todos aqueles milhares de cidadãos que pretendem sair da casa informados, sobre condições do trânsito, temperatura, fatos que aconteceram durante a madrugada, dicas de saúde, etc.

Eu tenho um costume um pouco diferente, pois procuro nas primeiras hora da manhã, fazer meu devocional diário, penso que a maior notícia a ser conhecida está na palavra de Deus, que embora já esteja revelada, sempre aprendemos uma novidade a cada leitura, mas em uma manhã dessas, por algumas questões, não consegui fazer o estudo bíblico, mas consegui "seguir" a rotina dos milhões de brasileiros, assisti a um bloco do noticiário local, no qual destaco uma reportagem:

Na "rodovia x" aconteceu um acidente com um caminhoneiro, no qual perdeu o controle, vindo a falecer no local. Após dar a notícia, a âncora do programa, pergunta para outra apresentadora, o seguinte: O trânsito no local já está liberado? Por um momento, pensei que seria uma pergunta sobre o acidente, se havia mais vítimas, se houve socorro em tempo hábil ao motorista, se o motorista tinha sido identificado, ou ainda se algum familiar já teria sido localizado ou estava no local, enfim, muitas poderiam ser as perguntas, mas nesse dia, a matéria foi um link para saber das condições do trânsito, afinal, nós que estamos ouvindo o noticiário, não queremos na verdade saber do motorista, nós queremos saber do trânsito, se vamos conseguir chegar a tempo no nosso destino.

Ao pensar sobre esse fato durante o dia, veio a passagem na qual já esboçamos: O encontro de Jesus no velório do filho da viúva. O relato é poderoso e de simples entendimento, não temos muito o que dizer sobre seu contexto, pois Jesus está caminhando com uma multidão e uma multidão segue o velório. Eles se encontram na porta da cidade (Naim) e Jesus a consola a mulher dizendo: "não chore" e seguida toca no caixão e diz ao menino "levanta-se". Essa é uma grande passagem, um milagre tremendo, o poder de Jesus, faz com que os presentes fiquem cheio de temor e louvem a Deus e falem "Deus interveio em favor do seu povo" (v.16).

Se estivéssemos nesse local, esse temor teria tomado nossas vidas também, pois veríamos Deus entre nós, mas antes disso, qual seria nosso pensamento ao sair de casa para o velório e ainda, ao ver outra multidão se aproximando? Penso em algumas alternativas: Como chegar no local a tempo do velório? Será que não terá outra multidão no nosso caminho? Será que após o velório, dá tempo de voltar para Cafarnaum? E a poeira que esse povo vai levantar? Enfim, são muitos os pensamentos possíveis e não consigo nem me colocar no local desse relato, historicamente falando, mas o fato é que possivelmente, as mesmas coisas banais que pensaríamos nesse dia, pensamos hoje na nossa realidade. Não queremos saber onde será o velório do motorista, queremos apenas chegar em nossos destinos. E infelizmente não são as poucas vezes, que por causa de tragédias como essas, somos impedidos de seguirmos nossas rotinas, pois conhecemos as vítimas daquela manhã.

O texto bíblico não precisa de muita explicação e colocado lado a lado da nossa futilidade, fica mais que evidente nossa dureza de coração. Somos bombardeados com essas notícias diariamente, ao ponto de ficarmos insensíveis, porém nós temos um Senhor; que se compadece; que muda seus planos; que vai ao encontro dos necessitados; que socorre a viúva; que vence a morte e que chora.

Jesus é impressionante e é por isso que tenho o hábito contrário a grande maioria das pessoas - considerando que nós, cristãos evangélicos, ainda somos a minoria - de ler sua palavra. Ao invés de ler notícias trágicas como essas, eu leio a única notícia que importa - a boa nova de que o salvador está entre nós. Nosso chamado é para não sejamos indiferentes as notícias do mundo - precisamos orar - mas ele vai além, temos o compromisso de espalhar a única notícia relevante, assim como aconteceu no relato bíblico "Essas notícias sobre Jesus espalharam-se por toda Judéia e regiões circunvizinhas." (v.17).

Embora tenhamos meios de comunicação para divulgar notícias a grandes massas, o que verdadeiramente importa é que a notícia sobre Jesus seja espalhada. Pense nisso, espalhe essa notícia.

"Porque um filho nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz." (Isaias 9.6)

Graça e Paz do Senhor
Maurício Reis

sexta-feira, 28 de março de 2014

Maldade no coração

"Não me dês o castigo reservado para os ímpios e para os malfeitores, que falam como amigos com o próximo, mas abrigam maldade no coração." (Salmo 28.3)
Neste salmo Davídico, vemos Davi pedindo a Deus o julgamento devido das pessoas nas quais praticam a maldade. Embora ímpio, tenha conotação hoje de uma pessoa descentre ou "quem não tem fé" (Michaelis Uol), o sentido mais utilizado empregado da palavra ímpio hebraico rãshã' - no antigo testamento, "está no conceito de 'mal' ou 'estando no mal'"(Dicionário VINE), e considerando que malfeitores define a pessoa que "comete atos condenáveis;criminoso" (Michaelis Uol), estamos vendo nesta oração de Davi, um pedido para que Deus não o condene assim como irá condená as pessoas que praticam o mal.

Segundo o Dr. Sheed, no comentário de sua bíblia - no qual compartilho a opnião - esse é um pensamento contratário a nova aliança, pois Jesus nos ensinou dizendo: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo". (Lucas 23.34), não podemos esquecer que Deus fará justiça no tempo oportuno, mas nossas orações e principalmente o sentimento em nossos corações, deve ser de clamor ao Deus Pai por aqueles que tais atos praticam.

Mas falando em coração e justamente a segunda parte do versículo aborda esse tema, é o ponto focal que gostaria de iluminar nesse tímido esboço, tomando a liberdade de não levar em conta a oração de Davi, mas a sua constatação, de que os ímpios e malfeitores, ou seja, pessoas más, ainda que falem como amigos, seus corações abrigam maldade.

A questão é essa, o nosso coração. Ezequiel 36.26 vai dizer que "darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne". Embora "carne" no antigo testamento signifique fraqueza e fragilidade, e no novo testamento, signifique nossa natureza pecaminosa, temos o contraponto: Coração rígido, inflexivel, maldoso; Coração dócil e maleável.

Entendo que essa seja a intenção de Jesus, que não julga pela aparência, pelas nossa bondade "exterior" e conhecendo-nos verdadeiramente, trabalha em nossos corações, transformando-nos em novas criaturas. O resultado dessa transformação é que vamos ser pessoas melhores, tudo que fizermos e verbalizarmos será bondoso, encorajador, pois a boca fala o que o coração está cheio.

Graça e Paz de Jesus Cristo
Maurício Reis

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mediador de Deus

"Vendo-se o povo diante dos trovões e dos relâmpagos, e do som da trombeta e do monte fumegando, todos tremeram assustados. Ficaram à distância e disseram a Moisés: 'Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus não fale conosco, para que não morramos.'" (Êxodo 20.18-19)
A mediação entre Deus e o Homem, penso ser um dos maiores conflitos que temos desde a nossa criação e posterior queda. No relato de Gênesis, vemos por exemplo a primeira falha de comunicação, onde um "falso" mediador, interveio nessa relação. A conversa era direta entre Deus e o Homem; mas houve uma mediação. Novamente Deus volta a conversar, diretamente, com Abraão e sua descendência até a escravidão no Egito; passados 400 anos vemos Moisés restabelecendo essa conversa com Deus. O povo não é mais escravo, está vagando pelo deserto e está crescendo. Moisés, orientado por seu sogro, organiza alguns líderes para julgar questões mais simples do povo, que por sua vez levam as questões difíceis para Moisés, que trata com Deus.

No texto deste esboço, vemos a manifestação poderosa do encontro entre Deus e Moisés e o medo do povo, ficando a distância, para que não morressem. Entendemos nisso, que realmente precisamos de um mediador, alguém que nos represente. Existe uma forma de se achegar a Deus; pré-requisitos devem ser atendidos, pois Deus mesmo sendo amoroso ele é justo. Pecadores - descendentes de Adão e Eva -  não podem se relacionar diretamente com ele. Ele é Santo, enquanto nós somos Pecadores.

É nesse contexto que Paulo vai falar aos Romanos no capítulo 3, verso 23 que "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus". Mesmo que quiséssemos, não podemos, pois estamos destituídos (afastados), pelo que somos e pelo o que Deus é. Pode ser que nesse momento, você esteja perguntando: "Mas como Abraão, sua descendência e Moisés, tiveram essa conversa direta - sem mediador. Porque nós não podemos hoje? Eu responderia, caminhando para o final do esboço, usando a própria palavra de Deus: "estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo." (Colossenses 2.17).

Na verdade, esse esboço tem essa intenção, demonstrar que estamos afastados da presença de Deus e assim como o povo hebreu reconheceu, precisamos de um mediador. O que aconteceu na antiga aliança, era sombra das coisas que aconteceriam, ou seja a promessa de um salvador, o próprio Deus, dando sua vida como preço a ser pago a ele próprio. Moisés e todos os demais interlocutores de Deus, viveram na esperança dessa promessa e só por isso, puderam falar diretamente com Deus. Ironicamente, no tempo que vivemos, muitos homens e mulheres são apresentados como mediadores, sejam eles: Apóstolos, Profetas, Pastores, Padres, Bispos, Magos, Espíritas, Marias, "Santos", além de uma vasta lista de outros títulos de mediadores e até as próprias instituições religiosas se apresentam com tal "poder". Nós somos convidados a estarmos com estas pessoas, em locais específicos, para ouvirmos a Deus e recebemos suas "bençãos". Como esse blog é feito por um cristão, como o registro de atos, e não por uma patente, esse é um assunto que tinha que estar registrado.

Enfim, a bíblia, afirma que só existe um mediador, entre Deus e o Homem: Cristo Jesus (1 Timóteo 2.5, Hebreus 9.15). Creia nisso, que somente em Jesus Cristo, podemos voltar a conversar com Deus, pois foi ele que morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança. E nele que temos a remissão do pecado original, que Paulo menciona. É em Cristo, que voltamos a falar diretamente com Deus. Se você tem dificuldades para chegar até ele e precisa de mediadores humanos ou institucionais, reflita sobre isso; busque conhecer o Cristo no qual temos escrito e está registrado na bíblia. Não tenho dúvidas, que quando este dia chegar na sua vida, a conversar será por toda a eternidade.

Ps: É claro, que restabelecido o diálogo, saiba que existem outras pessoas que também possuem o Cristo de Deus em suas vidas e estes se reúnem para celebrar essa restauração e se ajudarem mutuamente a guardarem o que Jesus ensinou e ordenou, que também oram uns pelos outros, pois até chegarmos na eternidade, o caminho é longo. Por tanto, restabeleça a comunicação e busque pessoas, instituições, que também entendam que Cristo é o cabeça de tudo e o único mediador para com Deus.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

quinta-feira, 20 de março de 2014

Voo MH370

"Aonde posso ir a fim de escapar do teu Espírito? Para onde posso fugir da tua presença? Se eu subir ao céu, tu lá estás; se descer ao *mundo dos mortos, lá estás também. Se eu voar para o Oriente ou for viver nos lugares mais distantes do Ocidente, ainda ali a tua mão me guia, ainda ali tu me ajudas." (Salmos 139.7-10)
Considerando que a semana - para nós cristãos - inicia no domingo, tenho muito a agradecer a Deus. Primeiramente meu filho completou seu primeiro ano de vida e três dias passados, recebi o título de bacharel em design, embora tenha concluído o curso em 2013/1. Realizei minha formação, na Universidade Luterana do Brasil - Ulbra. Entrei descrente e sai de lá crente, mas não necessariamente por "culpa" da universidade, mas pelos percalços da vida, descobrimos que viver sem Deus, não é viver. Fiquei afastado por 2 anos e ao retomar aos estudos, fui até o fim. Glória a Deus.

Bem, o que isto tem haver com a passagem bíblica? Na verdade tem tudo haver. Como presente de formatura, recebemos uma bíblia e houve um devocional com o pastor Gerhard Grasel, no qual leu o Salmo 139 e relacionou ao lastimável desaparecimento do voo MH370 da Malaysia, com 227 passageiros e 12 tripulantes. Mensagem muito pertinente, no qual construo o esboço, baseado no devocional.

Nos dias atuais, onde tudo é rastreado, sabermos do desaparecimento de um boeing modelo 777, por pelo menos duas semanas, é de se espantar, no mínimo. Com um 'simples' smartphone podemos ser localizados em qualquer local. Rastreadores veiculares fazem parte das frotas de veículos e com sucesso são localizados. O mundo, praticamente, é rastreado via GPS; nossas cidades são mapeadas e conseguimos inclusive ver a fachada da nossas casas através dos serviços disponíveis na internet. Sem falar é claro dos aviões não tripulados e ainda informações que estão fora do nosso conhecimento. Embora tenhamos tudo isso, estamos perguntando: Onde está o voo MH370? Onde estão as 239 pessoas desaparecidas?

Que notícia triste. Antes de mais nada, rogo, para que oremos por estes passageiros e tripulantes - considerando que ainda possam estar vivos - e oremos pelos familiares, parentes, amigos que sofrem a cada minuto que passa e nenhuma notícia relevante é mencionada.

Em um mundo tão tecnológico, parece que Deus perdeu seu papel. Parece que não precisamos mais de um Deus, afinal, nós dominamos a terra, os mares e os céus, ou pelo menos achamos. Alguém já perguntou ao pastor americano Paul Washer de qual seria o maior pecado do homem. Sua resposta foi: Ir a lua. Construímos estradas, navegamos pelos mares, desbravamos os céus e o universo não é mais um mistério para nós. Afirmamos: Para que Deus. Mas quando nos deparamos com notícias como estas, onde o mundo pergunta: Onde está o avião? Onde estão 239 pessoas? Também perguntamos: Onde está Deus?

Nós que cremos em um Deus que criou os Céus e a Terra e tudo que nela existe, somos levador a refletir sobre esse Salmos. Sabemos que não estamos perdidos, sabemos que Deus nos vê! Nada escapa da sua presença. Não sabemos o motivo dessas tragédias, mas fomos alertados sobre elas. Jesus disse que no mundo teríamos aflições, que nações se levantariam contra nações, haveria fome e terremotos em vários lugares e que isto seria apenas o princípio das dores. Mas ele nos disse: Tenham ânimo, eu venci o mundo. Deus nos encontra, não somente quando estamos perdidos fisicamente, mas principalmente quando perdemos nosso ser existencial, quando ficamos perdidos dentro de nós mesmos.

Por fim, em Cristo, nós temos esta esperança. Jesus venceu o mundo; Jesus venceu a morte. Ele nos prometeu, que seria o seria o primeiro de muitos. Nele, nós venceremos o mundo; venceremos a morte. Nele nós nos encontraremos.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

quarta-feira, 12 de março de 2014

Andem conosco! Sabemos para onde vamos.

"Assim o rei do Egito vai pensar que os israelitas estão andando sem rumo, perdidos no deserto" (Êxodo 14.3)
Neste esboço, tomamos como base o relato da saída do povo israelita, que contextualiza-se após a morte dos primogênitos e antes da travessia do mar. Faraó, enganou-se pensando que o povo de Deus andava sem destino. É claro que eles vagaram por mais 40 anos até chegar a terra prometida, mas isso é mais uma questão didática de Deus com o povo, do que não saberem o caminho ou estarem perdidos.

Enquanto o povo partiu do egito, o anjo do Senhor ia adiante deles como coluna de nuvem para guia-los no caminho e como coluna de fogo, para iluminá-los, no qual podiam caminhar de dia e de noite. Após as investidas do exercito dos egípcios, o anjo muda-se para atrás do povo hebreu. Para o povo de Deus, a nuvem era luz e para os egípcios era trevas, no qual não podiam se aproximar do povo.

Engana-se, nos dias de hoje, quem diga que o povo de Deus anda sem proteção e sem rumo. Sabemos que "o anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles que o temem, e os livra" (Sl 34.7), por isso não temos medo, em Deus confiamos nossa proteção.

Mas a verdade, mais importante é que sabemos nosso rumo. Não somos destes mundo, estamos apenas de passagem - uma única vez - somos peregrinos em terra estrangeiras. Sabemos de onde viemos - Adão - e sabemos para onde vamos - Cristo Jesus. Não temos mais medo da vida, não temos mais medo da morte. "Deixa a vida me levar", não faz parte da nossa caminhada, andamos pela luz da palavra de Deus revelada nas escrituras e encarnada em Cristo.

Andem conosco! Sabemos para onde vamos.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

segunda-feira, 10 de março de 2014

Ferramentas para a Glória de Deus

Então o Senhor lhe perguntou: “Que é isso em sua mão?” Uma vara, respondeu ele. (Êxodo 4.2)
Por algum tempo na minha trajetória evangélica, tive preconceito em relação ao velho testamento. Por algumas influências, como pelo próprio nome; pelo ensinamento recebido - já ouvi um pastor compara-lo a objetos – o que é melhor carro velho ou carro novo? Seja pela inveja dos homens de Deus - muitos sente por não ter vivido nessa época.  Aquilo que era unção! Mas o principal motivo é pela falta de conhecimento bíblico sobre a graça de Deus.

Nesse sentido, podemos pensar que no antigo testamento, não temos grandes homens, mas homens com grande graça e então o antigo testamento, torna-se uma grande fonte de encorajamento, pois se Deus fez isso, pode fazer conosco. Um destes homens é Moises, exposto no relato bíblico.

No texto em questão, temos uma pergunta de Deus para Moises, antes de sua partida para a libertação do seu próprio povo (Hebreus). Sabemos que Moises viveu como egípcio por  40 anos e por mais 40 anos viveu pastoreando rebanhos (Êxodo 3.1) e sabemos que os pastores na época José, eram desprezados pelos egípcios, lemos isso em Gênesis 46.34, possivelmente também na época de Moises, pois o povo continua a viver separado.

Que é isso em sua mão? Uma vara. 

As vezes somos levados a pensar que tratava-se de uma vara mágica, mas isso os magos egípcios também tinham. Precisamos entender, que a vara de “Moises”, era na verdade ferramenta de trabalho - trabalho que não era bem visto pelos egípcios. Usada de um lado, tem a função de apascentar e usada de outro, de restagar, socorrer. Dizem que as ovelhas no pastoreio reconhecem seu pastor, através do odor impregnado na vara. Não podemos deixar de citar João 10 onde Jesus diz: “Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem."

A intenção desse esboço é justamente pensar na função exercida por Moises, sua profissão, nada de grande valor na época. Sou bacharel em design e posso ser levado a pensar que só faço meu serviço ao reino de Deus, quando faço algo para uma igreja ou algum projeto voltado para o meio cristão. Penso também nos cristão que trabalham na manutenção dos templos, com suas ferramentas, eles também podem ser levados a pensar nessa mesma linha. O irmão José com seu martelo. Irmão Renato com seu pincel. Irmão Luis com seu serrote.

Fica a pergunta, será que somente nesses momentos entendemos que Deus está fazendo essa pergunta? O que vocês tem na mão? 

Quando pensamos que sim, somos condicionados a entender que só neste trabalho fazemos para a glória de Deus. Minha sugestão é que não. Tudo que fizemos, fazemos para a glória de Deus, alguns serviços sim, nas comunidades, mas a grande maioria, no dia-a-dia. Nesse caso, avançamos no texto e lermos  Êxodo 4.17 “E leve na mão esta vara; com ela você fará os sinais miraculosos.”. 

Levem na mão sua ferramenta. Apascenta as minha as minhas ovelhas. Levem na mão os seus martelos. Levem na mão os seus serrotes. Paulo, deixa isso bem evidente em 1 Coríntio 10.31 “Quer comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” E alguém já disse “pregue o evangelho o tempo todo, algumas vezes utilize palavra”.

Para finalizar Êxodo 4.20 “...Então Moisés levou sua mulher e seus filhos montados num jumento e partiu de volta ao Egito. Levava na mão a vara de Deus.

Moises o que tem na sua mão? Uma vara. Moises partiu, levava na mão a vara de Deus.

Não era mais a vara de Moises, pela graça, era a vara de Deus. Uma grande graça estava na vida de Moises. Pode ser que Deus pergunte para alguns ao lerem esse esboço.

O que tem na sua mão?

Graça e paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

quinta-feira, 6 de março de 2014

Tempo para adorar

"Não forneçam mais palha ao povo para fazer tijolos, como faziam antes. Eles que tratem de ajuntar palha! Mas exijam que continuem a fazer a mesma quantidade de tijolos; não reduzam a cota. São preguiçosos, e por isso estão clamando: Iremos oferecer sacrifícios ao nosso Deus." (Êxodo 5.7-8)

O relato bíblico está situado, no início do chamado de Moisés para libertação do povo Hebreu. Moisés conversou com o povo, demonstrando milagres e eles creram (4.31) e após fora falar com Faraó a mensagem de Deus: "Assim diz o Senhor o Deus de Israel: "Deixe o meu povo ir para celebra-me uma festa no deserto" (5.1). Faraó no mesmo dia obriga o povo a trabalhar mais e ao continuarmos no texto, vemos toda a batalha para a libertação do povo, sucedidas de diversas pragas até que na última, sendo a morte dos primogênitos, a saída do povo para a terra prometida.

O texto é muito conhecido, analisado de "n" formas, mas gostaria me arriscar nesse esboço e atendar a um ponto específico: a visão de Faraó, sobre a adoração ao SENHOR, o Deus criador dos céus e da terra. Entendemos no texto que a falta de trabalho, ou tempo ocioso, é o motivo do povo ter clamado e/ou querer fazer adoração ao Deus - precisamos entender que adorar a Deus nessa época estava relacionado a oferecer sacrifícios - mas na verdade essa é a visão de Faraó ou a nossa visão?

Com isso, somos levados a pensar quantos Faraós temos nos dias de hoje e até mesmo, quantas vezes nos mesmos somos nossos próprios "Faraós". Vemos, por exemplo, pessoas dizendo que "fulano" vive na igreja, pois tem tempo de sobra, não trabalha, é aposentado. Pensamos a nosso respeito: - Eu poderia fazer mais coisas para Deus, se tivesse mais tempo, se me sobrasse tempo. Sem dúvida, esses pensamentos e muitos outros representam o texto desse esboço.

Podemos considerar dois pontos importantes para que possamos mudar essa mentalidade faraídica (com perdão da palavra):

1) Não existe tempo ou fora de tempo para servimos e adorarmos a Deus, uma vez que não existe local específico para isso e que o Deus Pai de Jesus Cristo, procura justamente esses tipos de adoradores. Lemos isso em João 10.23 "No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura."

2) Tudo que fizermos, devemos fazer para a glória de Deus, então nós adoramos a Deus não somente quando "vamos a igreja", embora também seja uma adoração pois estamos lá para comunhão com outros irmãos, mas nós adoramos a Deus em nossas relações diárias, no dia-a-dia como Paulo nos diz em 1 Coríntios 10.31 "quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31)

Visto os textos, não podemos continuar com esse pensamento, precisamos muda-los, precisamos de uma mente renovada para entender e viver para Deus com alegria, como Paulo Romanos 12.2, que possamos transformarmo-nos pela renovação da nossa mente, para que sejamos capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. O que fazíamos por obrigação, ou buscávamos desculpas para fazer, fazemos agora porque entendemos que adorar a Deus é a nosso motivo para existir. Deus preparou um plano de salvação, por dizermos sim a este plano - a saber Jesus Cristo, adoramo-os em em espírito, em verdade. O tempo todo, todo o tempo.

Graça e Paz do Senhor Jesus
Maurício Reis

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Arrependimento e perdão

"Daremos nosso consentimento a vocês com uma condição: que vocês se tornem como nós, circuncidando todos os do sexo masculino. Só então lhes daremos as nossas filhas e poderemos casar-nos com as suas. Nós nos estabeleceremos entre vocês e seremos um só povo. Mas se não aceitarem circuncidar-se, tomaremos nossa irmã e partiremos. A proposta deles pareceu boa a Hanmor e a seu filho Siquém." (Gênesis 34.15-19)

Esse relato acontece em meio a episódios trágicos: violência sexual, assassinatos e roubo, descritos no capítulo 34 de gênesis. Após o ato de violência contra Diná, filha de Lia e Jacó, cometido por Siquém, vemos o "acordo" feito pelos irmão de Diná, para que Siquém pudesse ser "perdoado" e por tanto a união das famílias. O texto segue e vemos que o "acordo" foi mais uma desculpa, pois enquanto recuperavam-se da circuncisão, desprevenidos, fossem assassinados e toda cidade saqueada.

Nesse esboço, lançando fora toda a questão mórbida do relato, vejo a religiosidade a flor da pele, o acordo religioso que visa o ganho de vantagens, que oprime, que aproveita da ocasião. Por um lado, não sofrer a consequência da violência e por outro para obter vantagens em cima do acontecido. Nesse sentido, vale a pena reforçar o conceito da circuncisão, como sendo a aliança entre Deus e a descendência de Abraão, a morte de uma pequena parte do corpo humano, mas com grande importância para a continuidade da espécie, o corte é pequeno, mas é estratégico. A marca de que pecadores, geram pecadores e por tanto precisam da aliança com o Deus criador.

Partindo do princípio que a circuncisão era o sinal de uma aliança, pedir para um povo circuncida-se, não é nada mais que pura religiosidade, pois não houve aliança entre os Suquemitas e Deus, foi apenas um acordo religioso, entre homens, podemos dizer ainda que não houve arrependimento por parte dos Suquemitas e perdão por parte dos filhos de Jacó.

A circuncisão do antigo testamento, era o corte de uma pequena parte do corpo, já para nós viventes da nova aliança, ainda praticamos a circuncisão, mas ela é feita por completo, morremos para a velha vida e nascemos em Cristo Jesus como novas criaturas e com isto dizemos sim para Deus e ele diz sim para nós. Mas isso, não impede que ainda aja "acordos" de cunho religioso nos dias atuais. Hoje pouco se fala de arrependimento, pouco se fala de perdão. A questão é a mudança de religião, oferecer algum sacrifício em troca de uma benção, seguir a Jesus para ser rico. Pouco se diz a respeito da morte do cristão para da velha vida e uma nova vida com Jesus, como a verdadeira circuncisão ou ainda como Paulo diz a circuncisão operada no coração (Romanos 2.29).

Uma circuncisão verdadeira em Cristo, não tem espaço para cobranças com Deus, pois entendemos que na verdade não temos nada para oferecer em troca, não fazemos parte da nova aliança por algum benefício prático ou pontual, fazemos parte da nova aliança, porque queremos estar com Jesus, queremos ser nova criatura. Em última análise, não fizemos aliança para ir para o céu (embora seja uma verdade), fizemos para viver com Jesus, amando e servindo aos nossos próximos. Pode ser que alguém ainda pense que não cometeu nenhum pecado que mereça tanta humilhação diante de Deus, mas sabemos que Jesus disse que quem cobiça a mulher do próximo, cometeu adultério e quem em seu coração desejar a morte de alguém, é assassino, trocado em miúdos, estamos diante do próprio texto bíblico.

Resta a nós, o espaço de arrependimento e perdão para sermos diferentes, para sermos novas criaturas, novos corações circuncisos.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ingratidão

"Mas Labão lhe disse: "Se mereço sua consideração, peço-lhe que fique. Por meio de adivinhação descobri que o SENHOR me abençoou por sua causa." (Gênesis 30.27)
Muito poderia ser dito sobre ingratidão, poderíamos trazer definições, analisa-la etimologicamente, trazer exemplos bíblicos - a exemplo de 2 Timóteo 3 - poderíamos fazer uma tabela comparativa, mas nesse esboço eu gostaria de falar de uma questão prática, um exemplo que me chamou atenção nessas passagens envolvendo Labão e Jacó. Como a intenção é fazer um esboço bíblico, não vou me atentar a outros detalhes, penso apenas em esboçar o que percebi ao passar por estas linhas.

O texto narra os 14 anos de relacionamento entre genro e sogro, entre Jacó e Labão. Jacó está querendo voltar para sua terra, após pagar 14 anos de trabalho para casar-se com Raquel. Labão querendo aproveitar as bençãos do Deus de Jacó, pede para que ele fique e que haja uma acerto de salário. No passar de mais 6 anos, temos o seguinte desfecho.
"Vinte anos estive com você. Suas ovelhas e cabras nunca abortaram, e jamais comi um só carneiro do seu rebanho. Eu nunca levava a você os animais despedaçados por feras; eu mesmo assumia o prejuízo. E você pedia contas de todo animal roubado de dia ou de noite. O calor me consumia de dia, e o frio de noite, e o sono fugia dos meus olhos."Foi assim nos vinte anos em que fiquei em sua casa. Trabalhei para você catorze anos em troca de suas duas filhas e seis anos por seus rebanhos, e dez vezes você alterou o meu salário. Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão, o Temor de Isaque, não estivesse comigo, certamente você me despediria de mãos vazias."  (Gênesis 31.38-42)
Neste capitulo 31, vemos a consequência de mais 6 anos de trabalho de Jacó para seu sogro. Jacó havia fugido com suas duas esposas, concubinas e filhos e Labão resolve persegui-los. Na verdade o motivo de Labão tê-lo seguido é por causa que Raquel roubou alguns de seus deuses, porém ele não encontra e mesmo assim temos o desfecho dessa fase da vida de Jaco, entendo por tanto que a ingratidão - entre outras coisas - tenha sido o motivo da fuga.

Esse é o ponto que percebo nas entrelinhas. Vejo a ingratidão de Labão, em sendo abençoado e não reconhecer. Pode ser que pensava ser uma benção dos seus deuses, uma benção do seu esforço, ou qualquer outro mérito, mas o fato é que ele só descobre isso por meio de adivinhação - prática do ocultismo - que estava sendo abençoado através de Jacó, por tanto imerecidamente.

Essa é a questão que fique me perguntando:

- Será que estamos reconhecendo aquelas pessoas que tem nos abençoado?
- Damos o devido valor para aqueles que nos rodeiam e que de uma hora para outra nossa vida começou a fazer sentido?
- Ou ainda, quando não conhecíamos a Jesus Cristo e por muito anos, fomos abençoados por aqueles que o professaram e agora que passamos a conhecer, descartamos essas amizades?
- E quando vivíamos nas práticas do mundo, mas éramos abençoados por amigos nas mesma condições e agora que somos salvos em Cristo Jesus, essas pessoas já não tem mais valores para nós, e mesmo conhecendo a verdade, não falamos dela e também não oramos para que também o conheçam?

Essa são perguntas que fiz para mim, ao me deparar com esse texto. Pode ser que você tenha feito muita outras ao lê-lo. Se fez, isso é muito bom, pois pode ser que esteja nascendo algum sentimento dentro de você de arrependimento e um ato de começar a olhar ao seu redor, pensar quem tem te abençoado e que você agora pode reconhecer ou ainda quem você precisa começar a abençoar. A ingratidão, sempre vai existir, mas não é por isso, que não vamos deixar sermos usados por Deus para essa boa obra.

Labão, precisou de um meio para descobrir isso. Eu e você, podemos descobrir olhando ao nosso redor, parando de olhar para nossos umbigos. Olhando para agradecer e para começar a abençoar alguém. Mesmo que Labão tivesse descobrido as bençãos, ainda que por um meio, ele continuou a viver como se nada tivesse acontecido, e podemos ver isso através do relato de Jacó. Ele sofreu o prejuízo para ficar com o testemunho. Recebeu ingratidão, mas nem por isso foi ingrato.

Encerro com uma frase de Martinho Lutero: "Existe três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixam uma ferida profunda."

Oração: Que Deus nos derrame de sua graça para que não sejamos ingratos e para que não nos abalemos com as ingratidões auferidas.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Os trabalhadores da vinha

"Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: "Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros"...[]...Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário." (Mateus 20.8,10)

Cada nova leitura, que é antecedida e sucedida de orações, tenho colocado meu coração voltado a continuar escrevendo esses esboços - que tem me dado grande satisfação - e a ansiedade é inevitável a cada caminhar, na preocupação em ler e entender os textos e buscando nas entrelinhas algo relevante para compartilhar, parece que nunca teremos mais nada para escrever, parece que já sabemos e escrevemos tudo, glória a Deus que são só aparências.

Como registro faço um relato das minhas leituras. Só me senti encorajado a escrever, após ser um leitor assíduo da bíblia - menos que eu gostaria, é claro - mas já iniciando a terceira leitura de capa a capa e mais três vezes a leitura do novo testamento, portanto os textos são de meu conhecimento, pois pelas minhas contas já os li 6 vezes. E nesse texto específico, que sempre me intrigou foi os versos acima. Por que pagar os que trabalharam menos por último? Os últimos contratados poderiam continuar trabalhando, enquanto os primeiros receberiam e assim sucessivamente. Por que pagar a mesma quantia? O combinado era um denário, então os últimos, teriam que ser dividido pelas horas trabalhadas.

Antes de mais nada, quero situa-los. Esse texto é chamado como a Parábola dos Trabalhadores na Vinha, no qual Jesus compara-a com o Reino dos céus. Ele conta que um proprietário saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores e acertou pagar um denário (valor do salário diário de um soldado romano), depois saiu as nove, doze, quinze e as dezessete horas. Ao final da tarde - as dezoito horas - acertou o pagamento, chamando os últimos contratados para receber primeiro. Entendo que o contexto geral, trata-se da graça a Deus a respeito da salvação, como nos diz o Russell Shedd em sua bíblia de estudo:
"A salvação, em si, é algo tão precioso, que não existe salvação de primeira classe, distinta de alguma outra classe inferior de salvação. Ninguém tem o direito de reclamar contra Deus. Ele é soberano em todas as suas decisões. Tudo depende de Deus, e não de força ou obra humana." (grifo nosso).
A parábola é bastante clara a esse respeito, mas pegando o gancho do Dr. Shedd, no qual ninguém tem o direito de reclamar contra Deus, vejo na parábola a reclamação dos homens que embora receberam o valor combinado, reclamaram e acharam que por direito deveriam receber mais que os trabalhadores que trabalharam apenas uma hora. Jesus encerra a parábola, informando que o proprietário falou ser justo, pagando o combinado e que ele poderia pagar a mesma quantia para quem quisesse.

O insite que tive nessa leitura, trata-se dessa ordem, sendo os primeiros a trabalharem e os últimos receberem e por consequência as sua disposição de reclamarem e colocarem seus pontos de vista, os desejos dos seus corações. No verso 10 vemos que eles tem essa intenção. Eles esperavam receber mais, eles viram quanto todos receberam e acharam injusto receber igualmente. Os últimos contratados, poderiam receber menos e ainda assim ficarem satisfeitos, mas recebendo a mesma quantia, criou no coração deles um senso de injustiça. Se fossem os primeiros a receber, receberiam e ficaram na esperança de que os próximos recebessem menos, não poderiam reclamar, pois foi o acertado.

Colocando em termos prático, eu penso de que essa situação colocou a tona a corrupção dos corações desses homens. Eles acham que deveriam receber mais, eles deveriam ter o melhor. E será que nós ao seguirmos Jesus, não temos esse pensamento também? Ainda oramos por sermos abençoado, por exemplo, em uma casa própria (nada mais lícito que colocarmos nossa petições diante a Deus), mas quando vemos um irmãos cristão com menos tempo de fé, contando seu testemunho, no qual Deus havia o tirado da miséria, dado uma mansão, carro do ano, estabilidade financeira, entre outras cosias, penso que nós também somos levado ao pensamento dos primeiros trabalhadores. O texto fala de vida eterna, mas nas nossas leituras, não conseguimos separa da nossa vida terrena - afinal o Reino de Jesus já foi inaugurado - acho que é por isso que eu também tenho dificuldade de interpretar essa parábola, pois também já me senti e continuo - quanto estou na carne - injustiçado.

Encerro encorajando os irmãos, com a garantia que em Jesus Cristo teremos a vida eterna, seremos transformados e textos e situações como essas serão descortinadas aos nossos olhos, mas enquanto esse dia não chega, que possamos aprender com as palavras de Jesus. Que ao conhecermos ele e recebermos uma promessa - vida eterna - não venhamos a fazer cobranças extras, a respeito da nossa própria justiça, não temos moeda de troca com Deus. Assim como vejo os trabalhadores reclamando pelos salário recebido, não sabemos como foi o dia deles. Se tiveram pausas, se puderam comer o que foi colhido, se beberam um bom vinho, se almoçaram, se tomaram café, mas sabemos que eles estiveram trabalhando para o proprietário, estiveram na companhia dele e considerando que o proprietário da vinha na parábola é o próprio Jesus, concluímos que eles ganharam mais, muito mais, pois estiveram trabalhando para e possivelmente com ele. Pensando assim, os que menos estiveram com eles, menos desfrutaram dos benefícios. Enfim, o salário eles ganharam igualmente, mas o dia com certeza foi diferente. Assim é a riqueza da vida daqueles que caminham junto com o Senhor Jesus e não olham somente para o pagamento e sim para todo o caminhar.

Se você está caminhando a muito tempo com Jesus e sente-se desanimado, tenha ânimo, pois caminhas com o Mestre e Senhor Jesus. Se ainda não caminhas, não perca tempo. Jesus tem um salário, contrário ao salário pago pelo pecado que é a morte, ele tem a vida eterna e todo um novo caminhar.

Graça e Paz de Jesus Cristo
Maurício Reis

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A Deus o que é de Deus

Nas férias do pastor da nossa comunidade local, tive a oportunidade de fazer parte da escala em compartilhar uma mensagem. Isso aconteceu no dia 5 de janeiro de 2014, sem sombra de dúvidas um dia para ficar registrado na minha vida e caminhada de fé, e por tratar-se do início do ano, senti no coração a vontade de compartilhar o texto de Mateus 22.15-22, conforme:

"Então os fariseus saíram e começaram a planejar um meio de enredá-lo em suas próprias palavras.Enviaram-lhe seus discípulos junto com os herodianos, que lhe disseram:Mestre, sabemos que és integro e que ensinas o caminho de Deus conforme a verdade. Tu não te deixas influenciar por ninguém, porque não te prendes à aparência dos homens.Dize-nos, pois: Qual é a tua opinião? É certo pagar imposto a César ou não?”Mas Jesus, percebendo a má intenção deles, perguntou: “Hipócritas! Porque vocês estão me pondo à prova?Mostre-me a moeda usada para pagar o imposto”. Eles lhe mostraram um denário,e ele lhes perguntou: “De quem é esta imagem e esta inscrição?”“De César”, responderam eles. E ele lhes disse: “Então, dêem a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.Ao ouvirem isso, eles ficaram admirados; e deixando-o, retiraram-se." 

Neste texto estamos falando das últimas semanas de Jesus, iniciado em sua entrada triunfal em Jerusalém (cap. 21), onde Cristo seria apresentado a nação de Israel e por sua vez interrogado pelas autoridades religiosas, como os fariseus, herodianos e na sequencia pelos saduceus.

As autoridades - que são contrárias a Jesus - demonstram estar unidas para destruir o REINO DE DEUS e isso remete que nós - a noiva de Jesus Cristo - precisamos estar mais que nunca unidos, orando pela nosso estado, orando pelas nossas cidades, e pelas igrejas que professam Cristo como Senhor e Salvador.

Continuamos vendo no texto, o reconhecimento por parte das autoridades, de Jesus como MESTRE, que ensina o CAMINHO DE DEUS, não olha a APARÊNCIA e que Jesus conhece as MALÍCIAS dos nossos corações. Os lideres, embora reconheçam essas características, não tem elas como verdades e mais uma vez somos chamados para fazermos uma reflexão sobre cada uma dessas informações sobre Jesus Cristo, fazendo uma análise interna sobre essas questões nas nossa vidas, tais como:

- Será que Jesus é verdadeiramente nosso mestre?
- Será que andamos no caminho de Deus, que leva a vida eterna?
- Nós continuamos a olhar a aparência, dos próximos e as nossas?
- Reconhecemos as nossas MALÍCIAS, o nosso coração enganoso?

Vemos também nesse texto, algo mais surpreendente, que diante das perguntas feita a Jesus, no qual reconhece a malícia deles, pede para ver o denário e responde da seguinte forma: “Então, dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”. O texto pode estar falando de diversas questões, mas entendo que Jesus está falando de algo maior, afinal são suas últimas semanas. Entendo que ele está fazendo a analogia de que a moeda que tinha a imagem de Cesar - um carimbo de Cesar - e portanto deveria ser dada a ele, enquanto nós, que somos a imagem e semelhança de Deus, temos o seu carimbo - façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança - devemos nos doar a ele, reconhecendo-o e vivendo uma vida de total entrega.

Os fariseus, ouvindo isso, retiraram-se. E fica a pergunta para nós, o que faremos?

Nossa oração é para que possamos reconhecer todas as características de Jesus, e com isso que possamos verdadeiramente nos entregarmos a ELE.


Graça e Paz de Cristo Jesus

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Anjo de Luz

"Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz." (2 Co 11.14)

Satanás, no credo popular, tem sua aparência mais que carimbada, sendo uma besta-fera vermelha com grande chifres, rodeado de fogo e enxofre, mas nesse versículo, temos um contra ponto, que ele pode e sabe muito bem se disfarçar.

Isso nos faz pensar, quantas vezes nos deparamos com ele durante o dia, nas nossas relações diárias, nas nossas mentiras "santas", nos nossos pecadinhos e no nosso velho e bom conhecido jeitinho brasileiro, será que nessas situações não estamos dando disfarces para estas ações demoníacas?

Que possamos viver somente para o que é verdadeiro, a saber Jesus Cristo, pois a bíblia diz que "conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" e "portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres" (Jo 8.32 e 36)

Oração: Senhor que nas nossas vidas possamos, diariamente, discernir o que é verdadeiro em Cristo Jesus e que com isto possamos parar de dar oportunidades para Satanás se disfarçar em nossas ações, que possamos apenas praticar a verdade, no nome de Jesus, amém!

Graça e a Paz de Jesus Cristo.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Evangelho "cabeça" ou "cauda"?

"Quando forem perseguidos num lugar, fujam para outro." (Mateus 10.23)

"Quanto ao que fio semeado em terreno pedregoso, este é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Todavia, visto que não tem raiz em si mesmo, permanece pouco tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a abandona." (Mateus 13.20-31)

Como é edificante caminhar na palavra de Deus todos os dias e mais ainda quando vemos que o texto é vivo, que fala conosco em cada leitura. A alguns dias (antes de publicação do texto) a primeira citação me chamou atenção, iria escrever algo, mas não o fiz. Alguns dias após, outra passagem, sem vínculos aparentes, fez bastante sentido, pelo menos para mim.

O que chama atenção na primeira passagem, é o anúncio de Jesus aos apóstolos, comissionados a anunciar a proximidade do reino de Deus, curando e realizando muitos milagres e que deveriam ficar na cidade até o ponto de serem bem recebidos e que deveriam se preparar, pois seriam presos e teriam outros empecilhos pela frente e quanto forem - fato; serão perseguidos - deveriam fujir. O segundo texto, é a explicação da parábola do Semeador no qual a semente lançada sobre o terreno pedregoso, embora tenha crescimento, não terá raízes e será igual ao seguidor de Jesus que permanece pouco tempo e logo abandona-o.

Percebo essas duas passagens sendo de difícil aceitação e interpretação no evangelho que vem sendo pregado hoje, no fast-food de bençãos, em um Jesus que resolve todos os problemas na hora. No crente que é cabeça e não é cauda (Deuteronômio 28.13).

Nós iniciamos nossa caminhada de fé, e "aprendemos" justamente esse evangelho, de que somos chamados para ser cabeça, mais que vencedores, campeão, os melhores dos melhores. Embora, seja um "evangelho" bem apresentável, ele tem muitas falhas, ele não é, em última análise (minha opinião), o evangelho bíblico, o evangelho de Jesus, pois é só começarmos a observar a bíblia e confronta-lo. Podemos ter crescimento e esse evangelho tem crescido expressivamente nos últimos anos, mas não significa que está tendo raízes, resiliência, qualquer vento mais forte, vai derrubar. Não estou fazendo uma crítica do crescimento, ele tem sido importante, somos fruto desse crescimento, mas precisamos também aprofundar nossas raízes, aumentar nossa resiliência.

Jesus nos disse que seríamos perseguidos, que teríamos tribulações, seríamos rejeitados na própria família, entre tantas outras coisas. Mas então, no evangelho tradicional, somos cauda? Se tivesse que classificar-nos entre cabeça e cauda, eu diria: Sim somos cauda, mas entendo que não precisamos dessa classificação e parafraseando eu diria que não somos nem cauda, muito menos cabeça, somos parte do corpo, a noiva de Jesus, que sofre junto entre seus membros e com Cristo, que aguarda sua vinda, que crê que haverá um julgamento no fim dos tempos, que a justiça será feita em tempo oportuno e que vive pela fé.

Enquanto esse tempo não chega, eu encerro, encorajando aqueles que têm se deparado com “tipo de evangelho” e tem percebido que o discurso é bem diferente do que na prática e principalmente o que as escrituras atestam. Existe o outro lado, existe o evangelho bíblico, que não tem problema em explicar textos como estes, de viver textos como estes, que entende que isso estava anunciado, mas que sabe que o mesmo Jesus que disse que no mundo haveria tribulações, sabe que é o mesmo Jesus que disse para ter bom ânimo pois ele tinha vencido o mundo. Continuem firmem, existem homens e mulheres (igrejas) espalhadas em todos nosso pais, que podem encoraja-los, ensina-los a palavra e com ações de graça ajuda-los a apresentar a Deus seus pedidos e suplicas.

Por fim, encerro dizendo que não me envergonho deste evangelho, o evangelho baseado na bíblia e uso as próprias palavras de Paulo Apostolo: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é feita pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”.” (Romanos 1.16)

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Siga-me. Mateus levantou-se e o seguiu.

"Siga-me". Mateus levantou-se e o seguiu.... []... "Porque o mestre de vocês come com os publicamos e pecadores?

Esse relato acontece em Mateus capítulo 9, versos 9 e 11. Muitas coisas podem ser ditas a respeito dessas passagens, pois na sequencia lemos a conhecida frase de Jesus: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.". Minha intenção nesse esboço, é analisar partes dos versos 9 e 11, respectivamente.

Para efeito de curiosidade, nas versões mais utilizadas, como a Revista e Atualizada, o verso 9, encontra-se separado do restante dos textos, focando no chamado de Mateus, enquanto na versão NVI, temos todo bloco completo e pode ser que nessa leitura, tenha atendado a esse detalhe.

Percebo o convite de Jesus para Mateus, para se tornar um seguidor, que é imediatamente respondido. Não sabemos quanto tempo passa entre o verso 9 e o verso 10, na qual Jesus está comendo com seus discípulos, na casa do próprio Mateus - informação que temos nos evangelhos de Marcos 2.13-17 e Lucas 5.27-32 - mas acredito ser no mesmo dia e por consequência o questionamento realizado pelos fariseus.

Aprendi algumas coisas com essa passagem, como por exemplo, que seguir a Jesus requer recebe-lo em nossa casa, ou seja, recebe-lo em nossas vidas. Temos outros exemplos dessa importante relação, como Pedro e Zaqueu. Seguir a Jesus, significa também que seremos questionados.

- Você vai seguir a Jesus, aquele que comeu com os publicanos e pecadores?
- Você está nessa situação e vai segui-lo?
- Esse é o mesmo Jesus que falou que teria que dar a outra face, você vai segui-lo mesmo?
- Então, você vai ter que mudar, é isso?

Essas perguntas e muitas outras, sempre serão feitas, pois ao seguirmos Jesus, ficamos em evidência, pois Jesus vem fazer parte da nossa vida. As pessoas vão querer saber porquê fizemos essa escolha. Seguir a Jesus, requer intimidade com ele. Seguir a Jesus, requer arrependimento. Seguir Jesus é viver uma nova vida.

Esse é o chamado de Jesus, para mim, para você! Esteja pronto para o chamado. Esteja pronto para os questionamentos. Tende bom ânimo, Jesus vai cear com você!

Graça e Paz de Cristo Jesus

Levanta, levanta e anda

Vasculhando algumas anotações antigas, mais precisamente de 2011, achei esse esboço de um suposto louvor baseado em Atos 3. Como é bom recordar! 

Pedro e João
Dois ungidos
Duas Bênçãos
De muita unção.

Não tinham ouro
Não tinham prata
Tudo que tinham
Era só a Graça.

O Paralítico
Só queira o Ouro
Só queria a Prata
Mas ele recebeu
Foi a Graça.

Levanta
Levanta e anda
Em nome de Jesus.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Deus te ilumine?

Finalizei o ano lendo todo novo testamento e iniciei o mês de janeiro lendo João, Atos e Romanos e antes de findar o ano de 2014, pretendo fazer mais um leitura completa de Gênesis a Apocalipse. Desta vez estou fazendo a leitura intercalada, sendo: 2 capítulos do antigo testamento, 1 capítulo de salmos, 1 versículo de provérbios e 2 capítulos do novo testamento (começando em Mateus). Encorajo os leitores a fazerem uma caminhada bíblica diária, assim como encorajei nossa os irmãos de minha comunidade local, em uma oportunidade de dirigir um grupo de estudo e oração.

Meu último esboço, já foi fruto dessa nova caminhada e muitos outros textos serão provenientes desse encontro diário com a palavra de Deus que para mim, tratando-se da versão NVI, o antigo testamento será uma agradável nova caminhada. O texto, que me saltou dos olhos, está localizado em Mateus 5, versos 14 e 16, conforme:

"Vocês são a luz do mundo...[]...Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens..."

Quanto nos convertemos, nós nos convertemos para a luz do evangelho que recebemos, e durante nossa caminhada precisamos receber novas luzes ou como o Paulo já disse, recebermos alimentos sólidos. Começamos nos alimentando com leite e aos poucos precisamos acrescentar novas formas de alimentação até o ponto de estarmos prontos para comermos uma completa feijoada, ou um bela picanha no espeto (mais comum aqui no sul), mas o fato é que precisamos crescer no conhecimento de Deus, de Jesus e do Espirito Santo e nesse crescimento, precisamos abrir mãos de muitos hábitos não condizentes com a vida de um cristão.

Entendo que muitos desses hábitos, estão no nosso falar. Se eu falava palavras torpes, não devo mais utiliza-las. Se eu falava palavras que desagradam a Deus, não devo mais utiliza-las. Se eu utilizo o nome de Deus em vão, não devo mais fazer e acrescento ainda que precisamos avaliar quais palavras que saem da minha boca e se estão de acordo com a fé na qual eu passo a acreditar, afinal disse Jesus, que a boca fala o que o coração está cheio.

Nesse sentido, uma das palavras que me chamam atenção é a frase: Deus te ilumine. Vejo sendo usada por cristão, evangélicos ou não. A questão nessa frase é se eu sou iluminado ou sou luminoso. Jesus nos diz que seríamos a luz do mundo e que a nossa luz deveria brilhar diante dos homens, então nesse sentido estaria errado dizermos que Deus deve iluminar a pessoa. Outro texto que podemos também buscar referencias está no Salmo 119.105 que diz: "A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho."

Nosso chamado é para ser luz, não para sermos os iluminados. Somos a luz do mundo e assim como não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte, nossa luz deve brilhar sobre os locais onde há trevas, pois se existe trevas, existe escuridão e se existe escuridão, não existe ali homem e mulheres luminosos. As trevas só podem avançar, onde nós não estamos iluminando, através de Cristo Jesus.

Por fim, encerro com um encorajamento, um convite para o caminhar, pois além de sermos luzes, teremos nossos passos iluminados pela palavra de Deus e todo nosso caminho a frente. É caminhando que vamos iluminando os lugares por onde passamos. É caminhando que as trevas recuam. É caminhando que vamos iluminar o mundo.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Comunicação entre Deus e Homem

Deus: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá"

Satanás (serpente): "Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?"

Homem: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim, mas Deus disse: Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário você morrerão"

Hoje em dia muito é falado no processo de comunicação que compreende o Emissor > Mensagem > Receptor. Entre o que foi dito pelo Emissor e entendido pelo Receptor, pode haver uma grande diferença na Mensagem. Serve de exemplo aquela velha brincadeira do telefone sem fio, nas vezes que brinquei na infância e na fase adulta (geralmente vinculados a treinamentos de comunicação) a mensagem inicial nunca é a mensagem final. 

Podemos pensar que o relato acima é o primeiro exemplo da falha de comunicação entre Deus e o Homem, falha no receptor é claro. Deus primeiramente traz a notícia positiva, comam tudo e depois completa, menos da árvore do conhecimento. O homem (homem e mulher) entendem que poderiam comer de tudo, mas justamente a árvore que de maior evidência (no meio do jardim), não poderia ser comida e muito menos tocada. E a serpente? A serpente apenas lançou uma semente, uma ideia de que nada poderia ser comido, de nenhuma fruta, que logo vem a resposta da mulher, distorcendo a instrução de Deus.

Essa é a questão na qual caímos e continuamos a cair, e que ainda continua sendo o papel principal da antiga serpente, trazer dúvidas a respeito de Deus. Será que só Ele pode saber o que é certo? Será que só Ele pode ter poder? Porque minhas orações não são atendidas, como e quando peço?

O restante da história, todos sabem, houve a queda do homem, fora expulso do jardim, homem virou Adão, e mulher virou Eva. Por milênios, vivemos esse paradigma da queda, por milênios, vivemos com essa desconfiança de Deus. No livro de Hebreus, aprendemos, que Jesus Cristo é o outro Adão, aquele que confiou no Pai e fez a sua vontade, o diálogo de Deus e o Filho do Homem, foi diferente. Satanás não conseguiu plantar a mesma semente da dúvida em relação a Deus. Jesus sempre confiou no Pai. E é por isso mesmo que ele recebeu a autoridade no céus e na terra (Mt 28.18) e tornou-se o nosso (único) mediador para com Deus (2 Ti 2.5-6).

Esse é nosso desafio, quando cremos em Jesus Cristo e nos tornamos seus discípulos, de voltarmos a confiar somente em Deus, voltamos a estabelecermos uma comunicação sem ruídos com o Deus Pai. Sem intercessores extras, sem dúvidas, sem malícias, sem cobranças, sem desconfianças, sem interesses, pois entendemos que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita (Romanos 12.2).

Para encerrar, voltamos ao exemplo da comunicação. Não é atoa que temos uma nova mensagem, as boas novas de Deus e brincadeiras a parte, eu proponho um desenho de um novo processo de comunicação que passamos a ter com Deus em Jesus Cristo:

Emissor  < >  Mensagem (Evangelho) < >  Receptor
   Deus    < >          Jesus Cristo            < >   Homem


Se você, ficou perguntando: E satanás? Eu arriscaria dizer que ele continua tentando estragar a mensagem do evangelho, mas sabemos que na cruz Jesus esmagou sua cabeça e que só por isso, só em Cristo Jesus podemos ter a verdadeira comunicação com Deus.

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Deus capacita os escolhidos

Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos.

Essa frase me incomoda um pouco, primeiro pelo fato de diversos cristãos, acharem ser uma frase bíblia e outra por acharem que tenha algum fundamento bíblico. Tratando da frase em questão, ela na verdade é um texto mais amplo, escrito por Albert Einstein, que diz: "Deus não escolhe os capacitados capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança", sendo que vista em seu modo completo, dá outro sentido (não estou dizendo que ainda assim é bíblica).

Bem, é obvio, que na bíblia vemos Deus capacitando diversos homens, seja na antiga e na nova aliança, independente de qualquer status social ou nível cultural, afinal Deus não olha a aparência (1 Samuel 16.7), então, podemos afirmar que Deus capacita os escolhidos e não é esse ponto que me incomoda, e sim o primeiro verso, que diz que Deus NÃO escolhe os capacitados.  Nesse ponto que eu tenho minhas ressalvas, pois estamos fazendo uma afirmação muito séria a respeito de Deus, do que ele pode ou não pode fazer.

Quanto temos essas afirmações, precisamos voltar a bíblia e buscar identificar se esse é mesmo o comportamento de Deus, uma vez que ele não pode ser definido, mas pode ser observado! Enfim, uma passagem me chama atenção, que no mínimo poderíamos ficar com uma dúvida em relação a essa afirmação de que Deus NÃO escolhe os capacitados, é a passagem onde Deus chama Moisés para ser o libertador do povo do Egito e ele mesmo diz que não conseguia falar bem (Ex 4.10), mesmo após as insistências de Deus, Moisés pede para que Deus envie outra pessoa (Ex 4.13), então o texto segue e vemos Deus dizendo sobre seu irmão Arão  "Eu sei que ele fala bem.". Resumindo, Deus não capacita Moisés (essa não é a questão), mas escolhe seu irmão que era capacitado em falar bem.

Concluo esse esboço, dizendo que é Deus quem capacita para toda boa obra e é ele que escolhe os que de antemão já capacitou ou aqueles que ainda vai capacitar, afinal Deus capacita os escolhidos.

Graça e Paz do Senhor Jesus!
Maurício

Minha esperança é NO meu Mestre

"A minha vida É DO Mestre
Meu coração É DO meu Mestre
O meu caminho É DO Mestre
Minha esperança É MEU Mestre"

No louvor acima, no qual entoamos em nossos cultos evangélicos, e por cantarmos justamente em um culto de adoração a Deus, entendo que a vida, o coração e o caminho são do Mestre, a saber Jesus. Mas fica a pergunta e a esperança? Ela também é nosso Mestre? Ou ainda, será que não é só a a esperança que é nosso Mestre, pois se a esperança é o mestre, e a vida, o coração e o caminho são do mestre, então eles são da esperança, fica ainda mais confuso!

Entendo que as pessoas nas quais não professam Jesus como Senhor e Salvador, criam mestres para si, seja própria vida, o coração, os seus caminhos e ainda suas esperanças, mas será que nós, povo cristão, não deveríamos colocar tudo nas mãos do Mestre, inclusive nossa esperança? Já diz o Salmista "Ponha a sua esperança em Deus" (NVI, Salmos 42.11c).

Enfim, permito-me fazer uma pequena alteração, entendendo que assim ela ficaria de acordo com a intenção dos nossos cultos, que é adorar ao verdadeiro Mestre, a saber Jesus Cristo!

"A minha vida é do Mestre
Meu coração é do meu Mestre
O meu caminho é do Mestre
Minha esperança é NO meu Mestre"

Graça e Paz de Cristo Jesus
Maurício Reis

Jesus é o Cristo

Embora hoje temos CRISTO como sobrenome de JESUS e os evangelhos trazem esse como seu nome, por exemplo em Mateus 1.1 - Registro da genealogia de JESUS CRISTO - precisamos entender que em última análise, CRISTO não é o sobrenome de JESUS. Podemos utilizar os registros de Atos para entender bem essa junção.

"...explicando e provando que o cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: Este JESUS que lhes proclamo é o CRISTO..." (NVI, At 17.2)

"...testemunhando aos judeus que JESUS era o CRISTO..." (NVI, At 18.5)

"...provando pelas Escrituras que JESUS é o CRISTO..." (NVI, At 18.28)

"...pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor JESUS CRISTO..." (At 28.31)

O CRISTO de Deus, ou seja o Messias (salvador) prometido por Deus ao povo através das leis e dos profetas, viria até nós! E ele veio! No ministério público de Jesus o que ele mais relutou foi falar de sua messianidade. Era certo que o CRISTO havia de padecer e subir ao madeiro, que haveria morrer e ter morte de Cruz para a remissão dos pecados daqueles que o professariam-o como Senhor e Salvador. Seu ministério e seus milagres falaram por ele. O CRISTO teria vitória sobre a morte. JESUS teve vitória sobre a morte.

Esse esboço é importante, pois precisamos entender que JESUS é o CRISTO, que Deus fez também SENHOR, para que aqueles que professam seu nome, tenham seus pecados perdoados e possam voltar a comunhão com DEUS, pois todos pecaram e estão destitiuidos da presença de Deus, como lemos em Romanos 3.23.

JESUS que lhes proclamo é o CRISTO, JESUS era o CRISTO, JESUS é o CRISTO, JESUS CRISTO, nosso SENHOR.

Graça e paz do Senhor

Esboços bíblicos de um cristão

Como um bom cristão, procuro meditar e viver na palavra de Deus, todos os dias. Nessas meditações, nos encontros para estudo e até mesmo nos cultos de adoração, sempre surgem esboços, que tenho escrito e que senti a necessidade de torna-los publicos. Não sou pastor, não sou teólogo - quem sabe essa seja a minha vocação - sou apenas um cristão evangélico reformado ou melhor um seguidor de Jesus Cristo, apaixonado pela sua palavra.

Sugestões, palavras de incentivo e até mesmo as críticas serão sempre bem-vindas, só peço que não levem muito a sério as publicações, pois são esboços do meu ponto de vista e alguém já disse que todo ponto de vista é a vista de um ponto.

Na paz de Cristo Jesus
Maurício Reis